CORDA BAMBA

Marcos M. Casadore , in Os Dias Perdidos

 

há o passado

há o futuro

e um

tênue

fio

que ata

memória e sonho

 

 Céu de Santo Amaro, de Caetano Veloso e Flávio Venturini

Olho para o céu

Tantas estrelas dizendo da imensidão

Do universo em nós

A força desse amor

Nós invadiu...

Com ela veio a paz, toda beleza de sentir

Que para sempre uma estrela vai dizer

Simplesmente amo você

Meu amor

Vou lhe dizer

Quero você

Com a alegria de um pássaro

Em busca de outro verão

Na noite do sertão

Meu coração só quer bater por ti

Em me coloco em tuas mãos

Para sentir todo carinho que sonhei

Nós somos rainha e rei

Trechos de CORAZÓN HELADO, DE ALMUDENA GRANDES

 "El amor no puede compararse excepto consigo mismo, y tampoco se puede deshacer, no se puede mentir, no se puede obviar mientras exista. Por muy inconveniente, por muy indeseable, por muy terrible que sea."

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"... la conciencia de ese amor que no deseaba pero tampoco podria dejar de sentir, por más que depreciara a aquel hombre, por más que me avergonzara de él, por más que me humillaram su historia y su codicia. Yo no me merecia un padre assi, pero nunca iba a tener outro. Él no se merecia el amor de un hijo como yo, pero yo nunca podria dejar de quererle. Era mi padre, y eso explicaba todo, lo estropeaba todo, era mucho más que una frase, tres palabras. Era mi padre"

Assim se  sente saudade:

no estomago, na cabeça, no corpo todo.

Em cada pequeno ato, no mero fato, 

a memória assalta

e tudo se comprime,

por dentro fica-se pequeno, apertado, 

difícil respirar, pensar mais ainda.

Como dói sentir saudade

Porque persiste a memória

da presença

do afago, do tormento?

Quanto falta pro tempo de liberdade,

para a possibilidade de ser como antes? 

(mas sem a Doris Day)

Como acelerar o tempo

Pra chegar ao dia em que a memória não dói?

O que fazer com as palavras não ditas,

Como esquecê-las?

Quando chegará o outro tempo?

O que fazer hoje?

Como seguir adiante se a ausência ainda dói

E a memória acorrenta?

 

 6

 Acabou o tempo das lágrimas,

Os dias não trazem mais fome ou sede.

Mas a noite, ah! a noite,

Sem a complacência do sono,

Traz a angústia do medo, a dor da incerteza.

Cada pedaço de mim prova a solidão.